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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Hipersensibilidade Dentinária


DEFINIÇÃO
Dor que ocorre na região do colo do dente (região junto a gengiva).
É provocada por estímulos como escovação, ingestão de alimentos frios, doces, frutas cítricas etc.
Esta dor cessa quando o estímulo é removido. Ela é de curta duração e tende a desaparecer ao remover-se o estímulo.
Este tipo de dor (hipersensibilidade) nunca começa espontaneamente como acontece com outras causas de dor nos dentes. É necessário um estímulo. A diferença entre hipersensibilidade dentinária e dor de dente será feita pelo dentista na avaliação do paciente

A hipersensibilidade significa que o “canal” do dente está doente?
Não, pois a dor não é decorrente de mudanças de pressão dentro do dente, mas sim provocadas pela variação da temperatura ou por outros estímulos na superfície. Não há relação com alterações patológicas da polpa dental.

Então, por que o dente dói?
Porque há uma exposição da dentina, que é ricamente inervada.
A coroa do dente (parte aparente na boca) é recoberta pelo esmalte, estrutura resistente às pressões e desgastes decorrentes da mastigação. Essa estrutura é praticamente impermeável e insensível aos estímulos. Já as raízes são recobertas por outro tipo de estrutura, denominada cemento. Com o passar do tempo, esmalte e cemento sofrem degradações e acontece uma exposição da dentina, que apesar de ser também uma estrutura dura e resistente, possui prolongamentos nervosos e apresenta sensibilidade. Sem o cemento e o esmalte (estruturas de revestimento), a dentina fica sem proteção e sujeita às agressões do meio externo.

Qual a relação da hipersensibilidade dentinária com as lesões cervicais não cariosas?
A hipersensibilidade dentinária ocorre mais na região cervical do dente (colo), onde o esmalte e o cemento são degradados com maior freqüência, expondo a dentina. Quando essa exposição dentinária não é provocada por processo de cárie dental, a área exposta é considerada uma lesão cervical não cariosa.

Quais as causas mais comuns de lesões cervicais não cariosas?
Essas lesões são resultado de uma interação de fatores, onde os mais importantes são a oclusão, a alimentação rica em ácidos (frutas cítricas e refrigerantes em excesso) e a escovação dental. A oclusão promove desgaste das estruturas dentárias na região do colo, as substâncias ácidas causam a dissolução do esmalte e a escovação remove mecanicamente o esmalte enfraquecido ou dissolvido. Fatores sistêmicos também podem contribuir para a degradação das estruturas dentárias, tais como refluxo gastroesofágico, bulimia, hipertireoidismo e qualquer outra doença que reduza o fluxo salivar.

Como tratar a hipersensibilidade dentinária?
O profissional deve empregar recursos dessensibilizadores como restauração das lesões, aplicações tópicas de flúor e indicação de produtos específicos existentes no mercado que ajudam a reduzir o desconforto da dor. Deve-se também eliminar as causas da exposição dentinária para impedir a recorrência da hiperestesia.

Dr. Ledinei Espindula CRO 6974
Rua Abdon Batista, 47 Sl 802 Cl São Marcos
Centro - Joinville - dr.ledinei@ig.com.br
(47)3025-3004 / 9614-7640

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Salivação - Qual a importância

A boca seca - conhecida, na área da Saúde, como xerostomia - é causada pela diminuição na produção de saliva. Acomete, com intensidade e duração variáveis, um grande número de pessoas e suas causas podem variar consideravelmente.

São exemplos de causas:
• A idade avançada (com o passar da idade, as glândulas salivares vão se atrofiando).
• O efeito colateral de certos medicamentos, tais como anti-hipertensivos, antidepressivos, tranqüilizantes, anti-histamínicos e anti-colinérgicos.
• Hábitos e vícios, como o alcoolismo e a ingestão de alimentos ricos em cafeína.
• A Síndrome de Sjõgren, na qual o organismo da própria pessoa reage contra as glândulas salivares.
• A diabete mellitus, na qual a boca seca é um achado freqüente.
• Cânceres na região de cabeça e pescoço (as pessoas que são tratadas com radioterapia podem ter suas glândulas afetadas permanentemente pela radiação).
• Problemas psiquiátricos (certas psicoses e estados de ansiedade podem causar falta de saliva).
• Doenças congênitas: existem pessoas que nascem sem as glândulas salivares (agenesia congênita).

Por que a saliva é tão importante?
A saliva tem papel importante na formação do bolo alimentar, favorecendo a digestão e deglutição; proporciona uma lavagem físico-mecânica, facilitando uma melhor movimentação da língua e demais músculos; atua na proteção da mucosa da boca; controla a microbiota bucal; estabelece e mantém o pH do meio, atuando no processo da cárie dental.

O que é exatamente a saliva?
A saliva apresenta um pH neutro e é composta por 99% de água. A outra parte é constituída por proteínas, como enzimas, imunoglobulinas responsáveis pelos anticorpos salivares, além de outros compostos, como bicarbonato, sódio, potássio, cálcio, cloreto e flúor.

O que a boca seca pode causar?

Cáries, candidíase (doença fúngica), doenças gengivais e infecções nas glândulas salivares.

Quais são os sintomas?

Em função da falta de saliva, o indivíduo pode ter mau hálito, dificuldades para falar e engolir, intolerância a próteses, dor na língua, perda do paladar e alteração de voz.

Qual o tratamento indicado?
O primeiro passo para o tratamento é o diagnóstico correto: o paciente que perceber os sinais e sintomas associados à boca seca deve procurar o cirurgião-dentista. Os tratamentos variam em função da causa: se a xerostomia tiver origem medicamentosa, o cirugião-dentista deverá entrar em contato com o médico do paciente para estudarem a possibilidade de substituição do medicamento por outro que não afete a produção de saliva. Nos casos de perda irreversível da produção de saliva (radiação, Síndrome de Sjõgren, idade avançada, agenesia congênita), existe a possibilidade de minimizar o problema com uso de saliva artificial manipulada ou comercial, gomas de mascar sem açúcar e medicamentos que estimulem a salivação, além da orientação quanto à dieta com proteínas e vitaminas. O paciente com xerostomia, independentemente da causa, deverá ser acompanhado pelo profissional em intervalos menores para orientação de higiene oral constante, aplicação de flúor e tratamento gengival básico. O paciente deverá manter-se sempre bem hidratado, ingerindo água ou outra bebida sem açúcar e evitando o consumo de bebidas com álcool ou cafeína. Se os lábios estiverem secos, pode ser indicado o uso de lubrificantes à base de vaselina. Durante as refeições, devem-se preferir alimentos moles, úmidos e pouco condimentados. Nos casos onde exista também infecções fúngicas, o profissional poderá indicar bochechos com antifúngicos.

Referência: Revista da APCD.

Dr. Ledinei Espindula CRO 6974
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Centro - Joinville - dr.ledinei@ig.com.br
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